Cadernos Junguianos nº 3 – 2007Sumário
Editorial   5

Artigos
Loucura Cor de Rosa, ou por que Afrodite Leva os Homens Loucura com Pornografia? – James Hillman   7

Sobre a Imaginação Ativa
Paulo José Baeta Pereira   36

Cores da Sombra: o mito de Filomela e uma cena de Eliot
Gustavo Barcellos   44

Uma Abordagem ao Sonho
Patricia Berry   53

Imagens da Anima nas Canções de Tom Jobim: “As praias desertas”
Durval Luiz de Faria   75

Entrevista
Dra. Ruth Ammann: uma trajetória desde a arquitetura até o sandplay   90

Resenhas

Ser Diferente: do patinho feio ao pingüim Mumble
Denise Maia   96

O Sonho de uma Ciência
Roque Tadeu Gui   99

Jung de Carne e Osso
Nelson Blecher   103

Paixões Perigosas
Klecius Borges   106

O Cheiro do Ralo
Silvia Graubart   108

Orientações aos autores para publicação   110

Loucura Cor de Rosa ou por que Afrodite leva os homens à loucura com pornografia? – James Hillman

Sinopse: Neste ensaio o autor aborda a imaginação sexual numa discussão sobre nossas atitudes em relação à pornografia. Os aspectos arquetípicos da sexualidade e do amor são apresentados na voz da própria Deusa Afrodite, cujas falas, ao longo de todo o texto, são permeadas por outras vozes que encorajam e ampliam a compreensão da dimensão psicológica do universo sexual e amoroso em nossas vidas.

Sobre a Imaginação Ativa – Paulo José Baeta Pereira

Sinopse: A proposta deste ensaio é colocar o leitor em contato com o método criado por C. G. Jung para exploração das imagens emergentes do inconsciente, que ele denominou imaginação ativa. Nele encontramos referências ao excelente trabalho, realizado por Joan Chodorow, de compilação de todos os escritos de Jung sobre o assunto e publicados no livro Jung on Active Imagination. Encontraremos também aí o desdobramento do método em sete etapas, apresentado pelo analista junguiano suíço Franz-Xaver Jans em seu livro O portal para o lado de trás do coração.

Cores da Sombra: o Mito de Filomela e uma Cena de Eliot   Gustavo Barcellos

Sinopse: No poema The Waste Land (A terra devastada), de T. S. Eliot, publicado em 1922, há uma cena bastante expressiva para uma refl exão sobre psicoterapia e cultivo de alma. O mito de Filomela, a que o poema se refere diretamente nessa cena, testemunha tanto o tema da brutalidade sexual, do estupro, da violação, quanto o tema arquetípico da morte/renascimento, em sua história de metamorfose. São imagens poderosas de dor e dilaceramento. O artigo aborda essa cena, esse mito e seus inúmeros desdobramentos psicológicos.

Uma Abordagem ao Sonho – Patricia Berry

Sinopse: A multiplicidade de interpretações de um sonho leva a autora deste artigo a refl etir sobre as várias atitudes que os analistas junguianos adotam em relação ao material onírico de seus pacientes. Há, segundo ela, sete tipos de atitude: a do ego-ativo, a do sensível ao relacionamento, a daquele pautado pela orientação transferencial, a daquele com o olhar interpenetrado pelo desenvolvimento-do-animus, a do introvertido, a do feminino mãe-terra e a daquele orientado para o processo. Patricia Berry propõe, antes de tudo, que, “para nos conscientizarmos daquilo que fazemos com os sonhos, precisamos tomar consciência do que pensamos sobre eles”. Ou seja, desenvolver a auto-consciência interpretativa, uma ferramenta capaz de interpretar nossas próprias interpretações, de acordo com a sensibilidade teórica que orienta o trabalho de cada um de nós.

Imagens da Anima nas Canções de Tom Jobim: “As Praias Desertas” –  Durval Luiz Faria

Sinopse: Este artigo versa sobre as imagens da anima nas canções de Tom Jobim, através da compreensão simbólica da canção “As Praias Desertas”. Para tanto, inicialmente discorreremos sobre a questão da anima na psicologia analítica e a música como expressão anímica. Numa segunda parte, colocaremos alguns dados sobre o compositor e sua importância para a música brasileira, encerrando com a análise de “As praias desertas”.