Sumário
Editorial 5
Artigos
O Livro Vermelho: Livro de Múltiplos Caminhos
Walter Boechat 7
O final da análise
Lunalva Fiuza Chagas 26
Morte … transformação imagética da alma
Paulo Costa de Souza 36
Um sonho e sua metafora alquimica
Nara Santonieri 58
O vaso e o fogo alquímico formado pelo campo relacional terapêutico Renata Whitaker Horschutz 62
Sincronicidade: o tempo criador
Izete de Oliveira Ricelli 78
In Memoriam Rafael López-Pedraza (1920 – 2011)
Axel Capriles M. 90
Resenhas
Começar de Novo: o Divorcio na Terceira Idade
Angela Cosac Nacacio 95
Cisne Negro
Daniel Ross 97
Encontro Devastador com a Sombra
Rubens Bragarnich 100
Podemos Confiar em Bauman?
Rubens Bragarnich 102
Orientações aos autores para publicação 104
O LIVRO VERMELHO: LIVRO DE MÚLTIPLOS CAMINHOS – Walter Boechat
Sinopse: O presente artigo é uma reflexão sobre alguns aspectos do O Livro Vermelho, de C.G. Jung. O autor evidentemente não pretende esgotar as questões levantadas por essa importante publicação. O artigo traz apenas algumas reflexões sobre a origem da obra, sua organização e elaboração. O artigo comenta ainda as tonalidades medievais do livro, seu papel em relação ao fluir da criatividade posterior de Jung, suas relações com a crise européia de então, o simbolismo do herói e as influências gnósticas da obra.
Palavras-chave: O Livro Vermelho, psicologia junguiana, técnicas expressivas, imaginação ativa, mito do herói.
O FINAL DA ANÁLISE – Lunalva Fiuza Chagas
Sinopse: O presente artigo é um capítulo de uma reflexão maior sobre a relação analítica. O enfoque é sobre o final da análise. O mesmo cuidado e atenção no início do processo analítico deve ser mantido na conclusão, lembrando que o trabalho com a psique nunca se esgota e que o processo não pertence ao analista. A psique sinaliza a direção a seguir, um tempo que se esgota sob uma óptica específica, o fechamento de um ciclo de trabalho, o encerramento de um período de busca de significado sob uma determinada perspectiva. A finalização do processo pede ponderação e prudência, sensibilidade e respeito.
Palavras-chave: processo analítico, conclusão, cura, perspectiva.
MORTE … TRANSFORMAÇÃO IMAGÉTICA DA ALMA – Paulo Costa de Souza
Sinopse: O artigo é um estudo sucinto sobre a morte, tendo o filme Mar Adentro como pano de fundo. O suicídio e a eutanásia aparecem como olhares diferentes do tema pungente… Morte! A base teórica é sustentada nas posições de Carl Jung frente à imortalidade da alma, a morte e o suicídio. Com certeza Jung, em vários momentos de suas cartas, vai parecer dúbio e paradoxal. Jung variava sua abordagem sobre o tema em função dos destinatários de suas missivas e de suas necessidades momentâneas ao longo da vida e, principalmente, após a meia-idade ou avançado dos anos. O autor também usa as informações de James Hillman, principalmente retiradas do seu livro Suicídio e Alma.
Palavras-chave: morte, Mar Adentro, suicídio, eutanásia, C.G. Jung, James Hillman
UM SONHO E SUA METÁFORA ALQUÍMICA – Nara Santonieri
Sinopse: Este artigo trata de um sonho em um momento de vida muito especial que, ao ser compreendido à luz de sua metáfora alquímica, trouxe aprofundamento e significado à própria vida.
Palavras-chave: corpo e alma, sonho, alquimia, puer et senex, sal.
O VASO E O FOGO ALQUÍMICO FORMADO PELO CAMPO RELACIONAL TERAPÊUTICO – Renata Whitaker Horschutz
Sinopse: O presente artigo aborda o importante papel da Alquimia no universo da psicologia analítica, debruçando-se sobre o desenvolvimento da relação entre ambas. Descreve a construção do vaso terapêutico destinado a conter o material psíquico a ser transformado, num processo de análise, durante o qual cabe ao alquimista/terapeuta dominar a arte de controlar o fogo, a quantidade de libido capaz de modificar a psique do paciente. Seu objetivo consiste em salientar a Alquimia como uma preciosa ferramenta para o estabelecimento de uma ligação anímica entre analista e paciente.
Palavras-chave: alquimia, vaso, fogo, relação terapêutica, transformação.
SINCRONICIDADE: O TEMPO CRIADOR – Izete de Oliveira Ricelli
Sinopse: Este trabalho visa demonstrar a sincronicidade como atos de criação no tempo ou tempo criador da forma como é compreendida por autores junguianos contemporâneos. A Física dos processos termodinâmicos desenvolvida a partir das últimas décadas do século XX reavalia o tempo atribuindo-lhe características lineares e não lineares onde o acaso encontra um lugar na descrição dos fenômenos. Entendida como um fenômeno emergente da dinâmica psíquica característico de fases de transição, assim como outros fenômenos da natureza, acreditamos que a sincronicidade possa ter encontrado, na atualidade, o respaldo científico pretendido por Jung.
Palavras-chave: sincronicidade, complexidade, sistema, auto-organização, paradigma.