Departamento de Estudo e Pesquisa da Alma Brasileira

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Coordenadoras

 Andréa Cunha

Psicóloga, Analista Junguiana / Membro do IPABAHIA, AJB e IAAP. Mestre em Artes Corporais pela UNICAMP. Publicação de artigo no livro: Côrtes, Gustavo; Santos, Inaicyra F. e Andraus, Mariana B. M., Rituais e Linguagens da Cena: Trajetórias e pesquisa sobre Corpo e Ancestralidade. Curitiba, PR: CRV, 2012. Publicação de artigo no livro: OLIVEIRA, Humberto, Morte e Renascimento da Ancestralidade Indígena na Alma Brasileira. Petrópolis, RJ: Vozes, 2020. Área de pesquisa: questões relacionadas aos povos indígenas do território nacional e em particular uma visão mais aprofundada sobre o povo Yanomami. (Trabalho de campo em 2005).

CV: http://lattes.cnpq.br/7306903435049548anddreacunha@gmail.com

Ana Luisa Teixeira de Menezes

Psicóloga (UFC), Analista junguiana (IJRS/AJB), Doutora em educação pela UFRGS,

Professora do Departamento de Psicologia e dos Programas de Pós-graduação em Educação e Psicologia da UNISC. Vice-líder do grupo de pesquisa do CNPQ: PEABIRU: educação ameríndia e interculturalidade. (UFRGS/UNISC). Bolsista produtividade CNPQ-2. Integrante do grupo de pesquisa da ANPEPP – GT-AION: interdisciplinaridades da pesquisa em psicologia analítica no Brasil.

CV: http://lattes.cnpq.br/3041726727660959  – analuisatdm@gmail.com

Apresentação / A natureza do departamento

“O estudo da Alma Brasileira representa um projeto arrojado. Arrojado porque a Alma Brasileira comparece como extremamente complexa e ainda em fase de nascimento e autoconstituição. Diversa é a composição étnica, diferentes são as regiões geográficas do país e vigora um rico sincretismo em curso que, seguramente, vai moldar toda a cultura brasileira futura. É o que faz o Brasil complexo e desafiador. Atingido certo grau de complexidade, faz-se mister a presença de um pensamento que procura discernir-lhe o sentido e apontar traços de uma identidade ainda em formação. Uma nação revela já maturidade quando começa a pensar a si mesma com um olhar próprio.

A investigação da Alma Brasileira se mostra promissora e ajudará o Brasil a entender melhor a si mesmo, a descobrir dimensões presentes mas ainda ocultas à consciência coletiva, e revelará que contribuição generosa poderá dar para o devir de uma humanidade planetizada que está se impondo como nova fase da Terra e da Humanidade.

Estudar a Alma Brasileira requer o caminho mais adequado: o estudo dos mitos, dialogando com um mestre da interpretação do mito que é C. G. Jung com sua teoria dos arquétipos coletivos.

Essa escolha, do estudo da ALMA BRASILEIRA a meu ver, é das mais acertadas, pois o diálogo com esse mestre das profundezas da alma humana nos traz contribuições inestimáveis que dificilmente encontramos fora dele e de sua escola. Isso se deve especialmente à compreensão que Jung tinha da própria psicologia. Para ele a psicologia não possuía fronteiras entre cosmos e vida, entre biologia e espírito, entre corpo e mente, entre consciente e inconsciente, entre individual e coletivo. A psicologia tinha que ver com a vida em sua totalidade, em sua dimensão racional e irracional, simbólica e virtual, em seus aspectos sombrios e numinosos. Por isso tudo lhe interessavam os fenômenos esotéricos, a alquimia, a parapsicologia, o espiritismo, a filosofia, a teologia, a mística, ocidental e oriental, os povos originários e as teorias científicas mais avançadas. Sabia articular esses saberes descobrindo conexões ocultas que revelavam dimensões surpreendentes da realidade. De tudo sabia ‘tirar lições, hipóteses e enxergar possíveis janelas sobre a realidade”.

Leonardo Boff (Teólogo, Escritor, Responsável pela tradução de Jung no Brasil e Membro Honorário da IAAP, Patrono do nosso departamento)

Fazemos parte de um território “PLURI”, como diz Ailton krenak e dessa forma também somos constituídos por uma psique múltipla em origens, mitologias e modos de ser. E essa diversidade nos instiga a nos relacionarmos e mergulhar nas questões relativas as Almas Brasileiras que nos constituem. Sabemos que somos múltiplos e queremos aprender a viver em alteridades, desde os ancestrais indígenas, afro-brasileiros e europeus até os seres da mata, a natureza que nos circunda e tem alma. Somos pluriversos de uma mãe terra.

“A gente só existe porque a Terra deixa a gente viver. Ela dá vida pra gente. Não tem outra coisa que dá vida. É por isso que a gente chama ela de Mãe Terra”. Ailton krenak, líder indígena, ambientalista e escritor.

Objetivos

• Fundamentado na concepção de Jung a respeito da importância dos Mitos e da noção de Inconsciente Cultural/Complexo Cultural, buscar ampliar essas noções tendo em vista a história e a mitologia brasileiras;
• Incluir nessas ampliações, a nossa irmandade para com a História e as Narrativas Míticas latino-americanas, procurando relações de sentidos, apontando traços de nossas pessoalidades e coletividade, buscando descobrir dimensões presentes mas ainda ocultas à nossa consciência coletiva;
• Atuar na relação com as três ancestrais vertentes míticas: a mitologia indígena, a mitologia afro-brasileira e a mítica da cultura popular;
• Realizar Encontros Reflexivos-vivenciais que busquem gerar conhecimentos a respeito da Psicomitologia Brasileira; 
• Divulgar os conhecimentos gerados em forma de publicação impressa e mídia digital;
• Interagir com a sociedade em nome do amor a multiplicidade das Almas Brasileiras e em prol da defesa da integridade e dos bons tratos para com ela;
• Basear suas atividades nos valores da Autonomia e da Prática do Bem-comum.

Participantes

Alda Ribeiro – Analista da AJB/IJBsb
Ana Luisa Menezes – Analista da AJB/IJRS
André Lobão – Arteterapeuta/Produtor Cultural, São Luiz (MA)
Anni Carneiro – Psicóloga junguiana, Salvador/BA
Bruno Motta – Psicólogo social junguiano, São Paulo – SP
Claudia Brasil – Candidato a Analista da AJB/IJRJ
Cristiano Costa – Analista da AJB/IPABahia
Dulce Briza – Analista da AJB, IJUSP
Eduardo Quezado – Candidato a analista da AJB/IJUSC
Eugênia Curvelo – Candidata a Analista da AJB/IJUSP
Felipe Alves e Silva – Candidato a Analista da AJB/IPABahia
Gil Duque – Analista da AJB/IJRJ
Gil Passos – Psicóloga junguiana, Niterói/RJ
Isabela Fernandes – Mitóloga, Membro Honorário do IJRJ
José Jorge Zacharias – Analista da AJB/IJUSP
Liliana Obeid – Analista da AJB/IPAC
Lygia Fuentes – Analista da AJB/IJRJ
Manoel Antunes, Candidato a Analista da AJB/IPABahia
Maria de Fatima Coelho – Analista da AJB/IJRJ
Mario Oliveira – Candidato a Analista da AJB/IPABahia
Mercedes Gutierrez – Analista da AJB/IJRJ
Nina Cunha – Analista da AJB/IPABahia
Paola Vieitas – Analista da AJB/IJUSP
Rejane Natel – Analista da AJB/IJUSP
Rosa Brizola – Analista da AJB/IJRS
Sandra Uniplnca – Psicóloga junguiana, São Paulo/SP
Sigrid Haikel – Analista da AJB/IJRJ
Silvia Rocha – Psicóloga Junguiana, Teresópolis/RJ
Solange Missagia de Mattos – Analista da AJB/ICGJMG
Tereza Caribé – Analista da AJB/IPABahia
Valeria Contrucci – Psicóloga junguiana, São Paulo/SP
Walter Boechat – Analista da AJB/IJRJ

Temas estudados e produções

      • O perspectivismo ameríndio;
      • A presença negra e indígena;
      • As almas da natureza brasileira;
      • As mitologias indígenas;
      • As mitologias de matriz africana;
      • A cultura popular;
      • A movimentação social dos povos que constituem a nação Brasileira;
      • Xamanismo;
      • Religiosidade Popular Brasileira;
      • Culinária Brasileira;
      • História e cultura indígena e matriz africana;
      • Relações Étnico-Raciais,
      • Descolonizando a psicologia Junguiana.

Publicações

Livro editado pela editora Vozes, em 2018. “Desvelando a Alma Brasileira – psicologia junguiana e raízes culturais”. Organizador: Humbertho Oliveira. Autores: Carlos Bernardi, Humbertho Oliveira, Inácio Cunha, Isabela Fernandes, José Jorge zacharias, Tereza Caribé, Walter Boechat.

Artigo editado nos Cadernos Junguianos, na edição especial dedicada aos departamentos da AJB, no volume 14, em 2018. “Complexo Cultural, Consciência e Alma Brasileira”. Autor: Humbertho Oliveira.

Artigo editado nos Cadernos Junguianos, volume 15, em 2019. “Colômbia, Brasil e América: a jornada do Guesa e a identidade latino-americana”. Autores: Walter Boechat, Ana Luisa menezes e Gil Duque.

Livro editado pela Editora Vozes, em 2020. “Morte e renascimento da ancestralidade indígena na alma brasileira”. Organizador: Humbertho Oliveira. Autores: Ana Luisa Menezes, Andrea Cunha, Gil Duque, Humbertho Oliveira, José Jorge Zacharias, Lygia Fuentes, Silvia Rocha, Solange Missagia, Tereza Caribé, Walter Boechat.

Eventos

I Jornada do Alma Brasileira, em 2017 (II Jornada da AJB) – “Alma Brasileira – Revisitando nossas raízes Culturais”. Coordenado por Humbertho Oliveira e Tereza Caribé. Apresentado por André Lobão, Humbertho Oliveira,  José Jorge Zacharias, Tereza Caribé, Walter Boechat.

Temas e Performances: O Rei que mora no mar: o divino boi do Maranhão, O tecido multicultural brasileiro, Nossas raízes africanas,  Ciranda de Pernambuco, Complexo cultural e brasilidade, Canto indígena, Nossas raízes indígenas e portuguesas, Um mito do roubo do fogo no Brasil indígena, Os filhos da onça: um mito dos heróis Bororós, A Pedra do Reino: mito e realidade na alma do sertanejo, Religiosidade popular nas Folias de Reis, Baianidade: que mistura é esta?,  O diálogo inter-religioso.
Convidados: Pai Balbino, Vanda Machado, Iuri Passos, Grupo Rum Alagbê, Grupo Corrupio, Inácio Cunha, Isabela Fernandes, Carlos Bernardi,
Norma Nogueira, Rodrigo Magno e Wagner Chaves, Grupo Mafuá, Saja, Padre Alfredo Dórea, Pastor Djalma Torres, Iya Kekere Angela do Gantois, As ganhadeiras de Itapuã.

Realizado pelo IPABahia.

Uma fanpage, Alma Brasileira Jornada, criada em 2017.

Oficina do Departamento da Alma Brasileira – No XXIV Congresso da AJB, em Foz do Iguaçu, 2017. Coordenada por Humbertho Oliveira e Apresentada por Dulce Briza, Humbertho Oliveira, Isabela Fernandes, José Jorge Zacharias, Tereza Caribé, Walter Boechat.

Participações na III Jornada da AJB, em Campinas, em 2017:

      • Tereza caribé – Palestra: “O caminho de volta – o retorno consciente às origens”
      • Ana Luisa Menezes, Gil Duque e Walter Boechat – Palestra: “Colômbia, Brasil e América: a jornada do Guesa e a identidade latino-americana”
      • Humbertho Oliveira – Workshop: “…E ´desde que o samba é samba é assim`: alma brasileira, suas dores, seus prazeres”

Roda de Conversas no XXV Congresso da AJB em Bento Gonçalves, em 2019

“Morte e renascimento da ancestralidade indígena na Alma Brasileira!”
Mediadora: Rosa Brizola

Apresentadores, Autores e Subtítulos:

– Ana Luísa Menezes – “Xamanismo ameríndio: metamorfoses, materialidades e o espírito da floresta”

– Andrea Cunha – “‘Pacificando o branco’. A relaçãoo com a origem ancestral”

– Gil Duque – “Cosmomediação: unidade e confronto no plano da anima mundi

– Humbertho Oliveira – “O etnocídeo indígena e o complexo cultural brasileiro da negação do outro”

– José Jorge Zacharias – “A divinização do excluído, o caboclo na umbanda”

– Lygia Fuentes – “Nosso destino, brasileiros, é ser onça!”

– Rejane Natel – “Formação de analistas, o xamã, o curador ferido: visão de Von Franz”

– Solange Missagia “O ritual do ‘sapó’ dos povos Sataré-Maué ontem e hoje”

– Tereza Caribé – “Índios na Bahia”

– Walter Boechat – “O perspectivismo: pajelanca, ancestralidade e cosmovisão indígena”

II Jornada do Alma Brasileira. “Morte e renascimento da ancestralidade indígena na alma brasileira” – em parceria com a Universidade de Santa Cruz do Sul – RS (UNISC), a partir de junho de 2020, com a coordenação de Ana Luísa Menezes e Humbertho Oliveira e as apresentações de Ana Luisa Menezes, Andrea Cunha, Gil Duque, Humbertho Oliveira, José Jorge Zacharias, Lygia Fuentes, Silvia Rocha, Solange Missagia, Tereza Caribé, Walter Boechat.

III Jornada do Alma Brasileira, 2021 – “Morte e renascimento das ancestralidades africanas na alma brasileira” – Coordenada e apresentada por: Humbertho Oliveira, Rosa Brizola, Tereza Caribé, Andrea Cunha, Cristiano Costa, Alda Ribeiro e Bruno Motta – Convidados: Nilton Silva, Helena Theodoro, Luiz Antônio Simas, Hayline Vitória, Inaicyra dos Santos, Pamela Salles, Tatiana Henrique, Wagner Chaves, Priscila Martins, Veridiana Machado, marina Caribé – Temas: “Os estilhaços da violência racial na alma brasileira”, “Cultura e samba na re-existência negra”, “Tem Jung nesse cruzo”, “Arvores que dançam”, “Presenças negras nas festas populares”, “O sentido nas religiões afro-brasileiras: rítmicas e toques ancestrais”, “Mosaico de conversas africanas da alma brasileira”.

Um portal no youtube (alma brasileira ajb) – 2021

Um canal no Instagram/Facebook (alma brasileira ajb) – 2021

Oficina do Departamento da Alma Brasileira – No XXVI Congresso da AJB, realizado no Guarujá, São Paulo, 2022, com o tema “Tempo”. Coordenada por Ana Luisa T. de Menezes e Andréa Cunha. Realizada por Dona Iracema Gãh Te, líder espiritual Kaingang.

Evento em parceria com a UNISC, em 2023, pelo YouTtube. Palestra: Os Complexos Culturais Junguianos e a Saúde Mental numa Sociedade Convulsionada, por Prof. Dr. Walter Boechat. Organizado por Ana Luisa T. de Menezes.