Ano: 2020
Orientador: Helena Saldanha

Resumo: Esta monografia procura mostrar certos caminhos que Jung percorreu a partir de suas vivências até o momento em que inicia a utilização das Técnicas Expressivas Não Verbais com seus clientes à constatação de sua função terapêutica, o que permitiu confiar em sua eficácia como método de trabalho da Psicologia Analítica. Jung nos mostra que essas técnicas permitem ao cliente transpor suas emoções para o papel, o que, num segundo momento, permitirá discriminar os elementos que constitui a imagem e, num exercício disciplinado, ampliar a consciência do seu momento através das reflexões. Temos a honra de ter em Nise da Silveira, psiquiatra brasileira, um importante trabalho realizado através da sua prática clínica no hospital psiquiátrico com os esquizofrênicos, em que utiliza as Técnicas Expressivas Não Verbais e corrobora sua eficácia terapêutica. Ela não se cansa de afirmar que somente a expressão não verbal daria condições para que seus pacientes pudessem encontrar a via para expressarem seus mundos de imagens. Outro tópico abordado é a concepção de Jung sobre o processo criativo como instinto, o que implica na oposição, qual seja, o espírito. Esse eixo processo criativo (instinto) – espírito permite uma leitura da atividade artística, revelando seu aspecto espiritual, o que encontra ressonância na visão de artistas plásticos como a Fayga Ostrower que aborda a arte como necessidade interior para expressar-se desde os primórdios como encontramos registrado na arte rupestre e Kandinsky que têm essa vivência com o mundo das imagens e a consideram como parte do espírito ou como uma necessidade da alma.  Para ilustrar essa abordagem terapêutica, temos três recortes de casos clínicos e seus respectivos momentos com a utilização da Técnica Expressiva Não Verbal.

Palavras-chave: técnicas expressivas não verbais, processo criativo, instinto, transformação das emoções, imagem

Contato: rochacristina1105@gmail.com