Ano: 2019
Orientador: Raul Marques

Resumo: A longevidade é produto da civilização, mas chegar à velhice parecendo jovem é desperdiçar o sentido da vida. Quem está envelhecendo, quer queira quer não, deve se preparar para a morte. E, qual a melhor maneira de se preparar para morrer? Imaginar, fantasiar: isso desperta o saber intuitivo, criador, a capacidade de se emocionar e de criar humanidade. Como se trata de um período de voltar-se para dentro de si mesmo, de vivenciar os problemas, as reflexões, as dúvidas, os experimentos da psique que desconhece problemas, porque é instintual. É o tempo da vida que mais se acentua a “lógica da alma”, a complexidade da alma – é haver-se com o que a alma sempre nos revelou, mas que por algum motivo não foi vivido. A Psicologia Analítica sugere que nessa fase da vida desenvolvamos rituais com significados simbólicos para aliviar a confusão e o desespero. Na velhice, a personalidade vivencia aspectos mais profundos do complexo do eu: conhecemos um pouco mais a natureza das pessoas e nossa própria, como a agressão, a inveja, o sadismo e os preconceitos de modo geral. É chegado o momento de aceitar que as pessoas são como são, e, com isso, vivenciar a própria parcela de sombra, sentir a diminuição das projeções, tão comuns, até pouco tempo atrás.

Palavras-chave: Envelhecimento, psicologia analítica, morte, complexos e individuação.

Contato: silviolperes@hotmail.com