Ano: 2017
Orientador: Lunalva Fiuza Chagas
Resumo: Este trabalho pretende traçar um paralelo entre a jornada de auto-conhecimento que realiza Riobaldo, personagem principal de ” Grande Sertão:veredas” com o conceito junguiano de “processo de individuação”, entendendo a narrativa desta obra como uma narrativa mítica e apontando o uso de estruturas arquetípicas por João Guimarães Rosa como alicerce de sua prosa. Esta jornada, assim como o processo de individuação, é trilhada entre pares de opostos na busca por sua conciliação.
Dentre estes, o bem e o mal, representados pelos arquétipos de Deus e do Diabo, tem um papel central, levando o personagem principal desta trama a travar uma luta ferrenha no mais íntimo do seu ser ao tentar defini-los, para, através disso, definir a si mesmo. O encontro do masculino com o feminino também se apresenta de forma fundamental através do contato perturbador deste personagem com aquela que se constitui para si como a representante do arquétipo do Feminino e que proporciona a este o contato com a sua própria alma. O ponto mais significativo desta jornada, porém, é o duelo entre o poder e o amor, travado no coração deste que é tomado pelo arquétipo do herói, duelo que vai sendo vencido pelo amor, de forma redentora.
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