Ano: 2017
Orientador: Isabela Saffe

Resumo: A morte é um dos acontecimentos mais marcantes da vida humana e só de pensa-la enquanto possibilidade o homem descobre a própria finitude e, portanto, à sua fragilidade diante da vida. Este trabalho tem como objetivo apresentar um olhar junguiano para a experiência psicológica de conscientização e integração da morte na vida, ou, o seu oposto: a negação da morte, postura tão comum a nós pós modernos. Para melhor conhecer a experiência humana da morte, Jung fez incursões pela Sociologia, Antropologia, Mitologia e Estudos das religiões buscando conhecer como nossos antepassados, ou outras culturas, se relacionam com a morte; e ainda como os ritos que a acompanham, por um lado preservam características essenciais e por outro se transformam ao longo do tempo. Numa perspectiva mais pessoal, o contato mais efetivo com a morte é sempre acompanhado de sofrimento psíquico, denominado “Luto”, que pode ser vivido como um processo normal ou, havendo um bloqueio no processo de elaboração, um processo de Luto patológico. Ampliamos a abordagem do tema incluindo outras vivências de perdas, consideradas metaforicamente “pequenas mortes”, seguidas de luto. As experiências de luto criam uma possibilidade de introspecção, de autoconhecimento, de descida ao mundo de Hades, sendo uma vivência necessária às transformações de si mesmo. A psicologia analítica reconhece a consciência da morte como uma etapa do processo do desenvolvimento humano e parte do processo de individuação.

Palavras chave: Morte, luto, teoria junguiana e Hades.

Contato: milenamarquez@hotmail.com