Título: Quando Tanatos Adentra-se ao Temenos: O Relógio que Para.
Ano: 2016
Orientadora: Maria de Lourdes Bairão Sanchez

Resumo: O presente trabalho teve por objetivo descrê ver o processo de análise no contexto Junguiano em um momento em que Tanatos se fez presente, ou seja, o temenos foi visitado pelo arquétipo da morte e como tal pode ser captado pela psique humana. Estudar as categorias de representações escolhidas pela psique para expressar a grande transformaçã ;o, permite ao analista aprofundar questões clínicas, promovendo uma ampliação de consciência, também no período que antecede a morte. Para tanto, foi realizada um a revisão bibliográfica com os pressupostos teóricos de Carl Gustav Jung para fundamentar o tema, subsidiando a análise dos símbolos encontrados nos sonhos para expressar o fenômeno da morte relatados por pacientes em análise. Os símbolos encontrados nos sonhos para expressar o fenômeno da morte não tiveram o sentido de finitude, mas expressavam a ideia de cura, travessia, casamento ou uniões sagradas, o retorno para casa, o renascimento, entre outras, apontando assim para uma grande transformação. Dessa forma, o que se pode verificar é que quando nos referimos à psique humana devemos modificar a forma de pensar na relação tempo e espaço. O temp o deve ser visto também com um arquétipo e pode ser definido em três categorias distintas: o cronológico ou linear, relacionado a Cronos, com caráter finito, egóico, cuja a meta é a morte: o tempo eônico, infinito e eterno no Self, e finalmente o tempo Kairós o momento presente e oportuno. Pode-se concluir que a relação acelerada pela analise propícia um diálogo frutífero entre a atemporalidade do Self e a temporalidade do ego.

Palavra Chave: Relação analítica, morte, finitude e tempo.