Ano: 2022
Orientador: Isabela Saffe

Resumo: A inseparabilidade entre psicologia e religião caracteriza a cosmovisão junguiana, na qual a clínica é concebida como espaço sagrado que oferece escuta e cuidado aos “deuses que tornaram-se doenças”, como afirmou Jung ao se referir à neurose do sujeito moderno. Com base nessa premissa, esta monografia se propõe a mergulhar na relação entre religião e psicologia analítica a partir da noção de relegere (utilizada por Jung para compreender a religião), elucidando a conexão direta entre este termo e o politeísmo religioso. Seguindo esse fio condutor, discorre sobre de que forma a consciência politeísta abordada pela psicologia analítica pode contribuir para o resgate da alma perdida na modernidade. Direcionando tais reflexões para o contexto da clínica, questiona sobre a atitude religiosa do analista e de que forma a consciência monoteísta ou politeísta moldam sua escuta e atuação. Para embasar tais discussões recorre, além de Jung, a James Hillman, principal representante da escola arquetípica, que considera o politeísmo como sendo a base da psicologia junguiana, em contraposição ao protestantismo monoteísta que funda a modernidade e a psicologia enquanto ciência.

Palavras – chaves: religião, politeísmo, psicologia analítica, C. G. Jung, James Hillman.

Contato: sayuuuri@gmail.com