Ano: 1989
Orientador: Augusto Capelo

Resumo: Este trabalho visa descobrir o que há de comum e duradouro, arquetípico, nos mistos e ritmos da morte, e de que forma eles podem auxiliar-nos na elaboração desta vivência. Após pesquisar doze mitos encontrei cinco idéias principais que agrupei em quadro esquemático sob os títulos: Manipulação do corpo, Chegada do elemento de transição, Travessia; Julgamento; Destino das almas. A interpretação dos símbolos contidos em cada uma destas idéias mostra-nos como os rituais auxiliam o ego do parente enlutado a ir gradativamente transformando-se junto com o ente perdido. Do nível físico necessita-se mais e mais de concepções espirituais. Do individuo que morre chega-se à humanidade, da consciência ao inconsciente coletivo. Este que é ao mesmo tempo o mundo das trevas e a matriz, oferece a possibilidade de vermos vida e morte juntos, de transcendermos aquela polaridade e de retornarmos transformados para viver e morrer melhor.