Ano: 2022
Orientador: Ana Luisa Teixeira de Menezes

Resumo: Esta monografia narra a aparição da Mulher de Argila, uma imagem primordial, relacionada à ancestralidade indígena feminina, que precisa falar sobre a invasão de suas cantas, seus enlaçamentos, raptos, estupros e silenciamentos, causadores de tantas feridas no feminino, que reverberam psiquicamente, até os dias de hoje, na alma brasileira e para além dela. O diálogo aprofundado com a imagem da Mulher de Argila possibilitou a emergência de perguntas e respostas férteis para a compreensão dos fenômenos de sua aparição, sua personificação e de transformação de sua imagem em símbolo, de modo a dar voz feminina às memórias ancestrais indígenas. Para isso, recorri a recursos expressivos – devaneio, imaginação ativa, amplificação, argila, mito e poemas –, numa perspectiva junguiana, tendo como base o método fenomenológico, o que me levou, através da experiência subjetiva e objetiva, a uma maior aproximação dos aspectos transformadores do feminino e da utilização da argila na clínica e na vida pessoal.

Palavras-chave: ancestralidade indígena feminina, imagem primordial, argila e clínica junguiana.

Contato: suzimeirysanches@gmail.com